sexta-feira, 13 de agosto de 2010

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Influência africana na cultura Brasileira


Os povos vindos da África, mesmo não pertencendo aos mesmo grupos étnicos, chegando aqui no Brasil, vivendo sob a condição desumana que lhes foi imposta, se agarraram as suas origens, deixando aos seus descendentes apenas a carga cultural que traziam na memória, no bater dos tambores, na comida, nas crenças, misturando essa carga cultural com a cultura européia trazida pelos portugueses, criando assim a cultura brasileira. A culinária africana foi no Brasil reinventado usando produtos cultivados por aqui, enquanto a musica fazia os negros esquecerem os maus tratos e lembrar da terra distante, a religiosidade, que apesar de ter que adotar signos cristãos auxiliava o negro a curar suas doenças e manter o contato com suas divindades e os dialetos africanos facilitavam a comunicação entre eles na nova terra, que séculos depois adotaria varias dessas palavras no seu vocabulário.
Ao abordar um estudo sobre a influência africana no Brasil, se depara inicialmente com o preconceito de um povo que tem independente da cor da pele suas raízes na África. O interessante é que se fala em raças e não se fala em etnias – ou pouco se fala em etnias –, normalmente qualificando o africano como negro, colocando sua cor de pele acima da grande leiva cultural que este trouxe para cá, deixando claro que cada povo que foi trazido forçadamente trouxe sua carga cultural junto de si, e que não vieram todos da mesma região, como afirma Prandi (2000), “a pluralidade cultural das etnias africanas muito contribuiu para a formação da cultura nacional com elementos que atingem desde a língua, a culinária, a música e arte diversas, até valores sociais, representações míticas e concepções religiosas”.
Mesmo com o preconceito ainda existente hoje em grande parte do país, que muitas vezes hipocritamente é negado, mas que todos sabem que ainda existem, a cultura africana foi incorporada pela cultura brasileira, mas é muito importante salientar que de forma diferente da forma que incorporamos a cultura européia. Com a vinda de africanos para o Brasil ainda no século XVI, sendo utilizados nos engenhos açucareiros e na plantação de cana-de-açúcar, e com a utilização desse tipo de mão de obra por mais de trezentos anos, sendo que estes povos nunca puderam voltar pra suas origens, esses povos africanos trouxeram nos porões dos navios negreiros muito mais do que mãos fortes para o trabalho pesado, trouxeram uma memória, danças, músicas, crenças, varias línguas e dialetos, uma culinária própria que aqui no Brasil com a falta de suas peculiaridades da terra de onde vieram foi se misturando aos alimentos que aqui estavam de fácil acesso para eles e criando uma culinária própria, muito parecido com o que aconteceu com suas crenças.


Racismo:



Ao longo da história, a crença na existência de raças superiores e inferiores -- racismo -- foi utilizada para justificar a escravidão ou o domínio de determinados povos por outros.
Racismo é a convicção de que existe uma relação entre as características físicas hereditárias, como a cor da pele, e determinados traços de caráter e inteligência ou manifestações culturais. A base, mal definida, do racismo é o conceito de raça pura aplicada aos homens, sendo praticamente impossível descobrir-lhe um objeto bem delimitado. Não se trata de uma teoria científica, mas de um conjunto de opiniões, além de tudo pouco coerentes, cuja principal função é alcançar a valorização, generalizada e definida, de diferenças biológicas entre os homens, reais ou imaginárias.

O racismo subentende ou afirma claramente que existem raças puras, que estas são superiores às demais e que tal superioridade autoriza uma hegemonia política e histórica, pontos de vista contra os quais se levantam objeções consideráveis. Em primeiro lugar, quase todos os grupos humanos atuais são produto de mestiçagens. A constante evolução da espécie humana e o caráter sempre provisório de tais grupos tornam ilusória qualquer definição fundada em dados étnicos estáveis. Quando se aplica ao homem o conceito de pureza biológica, confunde-se quase sempre grupo biológico com grupo lingüístico ou nacional.
O fenômeno, cujas origens são complexas, ocorre com maior ou menor intensidade em todas as etnias e em todos os países e suas origens são muito complexas. Quando o Japão, por exemplo, conseguiu, na primeira metade do século XX, um desenvolvimento econômico comparável ao da Europa, surgiu no seio do povo japonês uma ideologia racista muito semelhante à que justificava ocolonialismo europeu.
Um primeiro estágio de racismo confunde-se com a xenofobia: determinado grupo social hostiliza um estranho por considerar nefasto todo contato fora do grupo social, o qual tira sua força da homogeneidade e da aceitação entre seus membros das mesmas regras e princípios, recusados ou desconhecidos pelo elemento exógeno. Em outro nível, tal repúdio é justificado pela diferença física, que se torna o suporte do componente racista.




A Dança de Rua surgiu através dos negros das metrópoles Norte Americanas. 
As primeiras manifestações surgiram na época da grande crise econômica dos EUA, em 1929, quando os músicos e dançarinos que trabalhavam nos cabarés ficaram desempregados e foram para as ruas fazer seus shows. 
Em 1967, o cantor James Brown lançou essa dança através do Funk. O Break, uma das vertentes do Street Dance, explodiu nos EUA em 1981 e se expandiu mundialmente, sendo que, no Brasil, devido à sua cultura, os dançarinos incorporaram novos elementos de dança.
Em janeiro de 1991, foi criado na cidade de Santos, o primeiro curso de “Dança de Rua” no Brasil, idealizado e introduzido pelo coreógrafo e bailarino Marcelo Cirino, baseado em trabalho prático e de pesquisa, desde 1982.
 
O curso virou projeto e para alguns “religião”, sempre com o apoio da Secretaria de Cultura da Prefeitura Municipal de Santos.
 
Hoje sua repercussão mundial, retrata o reconhecimento do trabalho e não um simples modismo.
  



A História do Hip Hop:


A cultura hip hop é formada pelos seguintes elementos: O rap, o graffiti e o break.
Rap - rhythm and poetry, ou seja, ritmo e poesia, que é a expressão musical-verbal da cultura;
Graffiti - que representa a arte plástica, expressa por desenhos coloridos feitos por graffiteiros, nas ruas das cidades espalhadas pelo mundo;
Break dance - que representa a dança.
Os três elementos juntos compõe a cultura hip hop.
Que muitos dizem que é a "CNN da periferia", ou seja, que o hip hop seria a única forma da periferia, dos guetos expressarem suas dificuldades, suas necessidades de todas classes excluídas...
O termo hip hop, alguns dizem que foi criado em meados de 1968 por Afrika Bambaataa. Ele teria se inspirado em dois movimentos cíclicos, ou seja, um deles estava na forma pela qual se transmitia a cultura dos guetos americanos, a outra estava justamente na forma de dançar popular na época, que era saltar (hop) movimentando os quadris (hip)...
Em meados dos anos 70 no Bronx, cidade de Nova Iorque, só existiam dois bons deejays conhecidos que eram Kool D.J. Herc e Kool Dee.
Kool D.J. Herc foi o maior e mais seguido de todos os D.Js. do Bronx.
De qualquer modo em meado dos anos 70 outro jovem D.J. que foi inspirado por kool D.J. Herc, Kool D.J. Dee, Disco King Mario, começou aparecer e crescer no cenário da música B.Beat chamado Afrika Bambaataa.
Ele tinha algo de grandioso da música B.Beat de Kool Herc, ele começou a trazer novos discos e fazia as pessoas dançarem como um trovão, e decidiu de chamá-los de ZULU NATION. Nos próximos anos Bambaataa seria o responsável por várias gírias no movimento. Nesta mesma época apareceu outro D.J. com o nome de Grand Máster Flash, que ajudou a reformular o jeito de rimar em cima dos Break Beats. Não foram Sugarhill Gang, D.J. Hollywood ou Eddie Chebba e Kurts Blow que começaram a rimar em cima dessas batidas, foram realmente Grand Máster Flash, Mele mel, Kid Creole e Keith Cowbow que começaram o fenômeno das rimas.
Se existe alguém responsável pela criação da música Break Beat, foram Kool D.J. Herc, Afrika Bambaataa e Grand Master Flash, os que vieram depois só ajudaram a construir o que chamamos de HIP-HOP.

 

O Rap:

 
Como já disse anteriormente rap quer dizer ritmo e poesia. Ao contrário de que muitos pensam e dizem por aí, o rap foi criado na Jamaica e não nos Estados Unidos... Por volta de 1960 na Jamaica existiam os "sound systems" muitos populares na ilha, pois sem dinheiro a população dos guetos iam para as ruas e ficavam escutando músicas nesses "sound systems" que eram na época algo como hoje em dia é um trio elétrico para nós aqui, só que em escalas bem, mais bem menores...Daí então com as músicas com ritmos jamaicanos rolando os "toaster" que eram como os mc's (mestre de cerimônias de hoje) ficavam falando frases e discursos sobre as carências da população, os problemas econômicos, a violência nas favelas, enfim sobre a dificuldade em geral da classe baixa dos guetos...
A ida desta nova forma de música para América até então, aconteceu no início de 1970, pois vários jamaicanos tiveram que deixar a ilha do Caribe e emigrarem para a América por problemas econômicos e políticos....
Um dos caras que foram para os USA e desembarcaram em Nova Iorque, foi o dj Kool Herc - trazendo em sua bagagem toda a sua experiência naquele ritmo dos guetos da Jamaica...
Daí então com a divulgação do novo estilo de se fazer música até então, desconhecido por lá, começou a surgir grupos de rap por todo gueto de NY...
Quanto ao primeiro registro fonográfico de rap, a divergências entre os estudiosos, alguns dizem que foi o grupo "Sugar Hill Gang" que gravou o 1º registro em vinil para o grande público, outros falam que foi o grupo "Fatback" com a célebre "King Tim Ill" por volta de 1978...




O Graffiti:

 
O graffiti em si não há uma citação na história do hip hop onde ele começou primeiro, ou de que forma foram criadas letras e formas de se desenhar, mas há quem diga que ele foi o primeiro elemento a se formado. Naquela época gangues disputavam demarcando becos, muros e trens com seus nomes. Aos poucos a demarcação foi tomando segundo plano para uma verdadeira e nova forma de expressão artística, onde garotos com seus elementos futuristas ditavam novos estilos com o bico do ‘spray’ (nuts).
A influência latina é algo que podemos dizer que existe muito forte em todo trabalho...pois os maiores artistas veêm de países como, Colombia, Porto Rico e Bolívia...dos vários artistas do graffiti mundial citamos, Ramon Herrera, Lee Quiñones, Miguel"paco paco"Ramirez, Sandra "lady pink" Fabara, Futura, entre vários outros...





O HIP HOP NO BRASIL:

 
O nome HIP HOP surgiu no Brasil na década de 80. Ainda não existiam movimentos que retratavam exatamente o fundamento, o significado na íntegra desta cultura, porque todo aquele povo da época (a grande maioria) desconhecia este nome HIP HOP. O que na época foi propagado e muito na mídia, era a febre chamada BREAK DANCE.
Break era a dança do momento na época, que jamais deixou de ser um elemento importantíssimo e imprescindível para o crescimento do movimento no Brasil.
Sendo assim: 1984, foi o ano oficial da chegada da Dança de Rua no Brasil e o surgimento dos B.Boyings, Poppings e Lockings.
Dizem que existiram pessoas isoladas que já começaram a dançar em meados de 1983, mas foi mesmo em 1984 que a mídia, através dos jornais, documentários, revistas, comerciais de TV e filmes que propagou em massa a chegada da nova dança.
Em todos os lugares via-se pessoas com roupas coloridas, óculos escuros, tênis de botinha, luvas, bonés e um enorme rádio gravador mostrando os primeiros passos, do que se tornaria mais tarde uma cultura bem mais complexa.
Todos aqueles que tinham uma certa afinidade pela dança foram influenciados pelas cenas do filme Flash Dance, os vídeos clips de Lionel Ritchie, Malcom McLarem e outros. Sendo que não podemos deixar de mencionar em hipótese alguma que o Rei do Pop Michael Jackson, lançou para o mundo o famoso Back-slide, inventado pelo Grupo Electric Boogaloo, que muitos Poppers viram e utilizaram muito no Brasil.
Na terra brasilis o hip hop na década de 80, contou também com as equipes de Som, estilo black music, como: Chic Show, Black Mad e Zimbabwe e algumas revistas. E é claro dos discos que apareciam na galeria da rua 24 de maio...
Os primeiros talentos tupiniquins, Nelsão Black Soul ou Nelsão Triunfo dançando break, conhecido também como “homem árvore” e sua turma o “Funk Cia.”, que inclusive fizeram à abertura da novela Partido Alto, na Rede Globo, sem esquecer que o Funk Cia. já vinham de muito tempo atrás; desde a época do Black Power dançando Funky no bailes de São Paulo.
Recém chegado dos E.U.A. um garoto chamado RICARDO do Grupo Electric Boogies, foi considerado por alguns o 1º B.Boy brasileiro, pois trazia do exterior os primeiros passos de Break para a revista: Dance o Break.
Thaíde e o Humberto, ou melhor, o Dj Hum, MC Jack que também é DJ, Pepeu, Racionais Mc's. General G.,Considerado o melhor vocal e a melhor levada de Rap, ele simplesmente desapareceu do mapa. MC Mattar, nome artístico (pseudônimo) utilizado por Marcelo Cirino.
Quem não se lembra da música: “Mas que linda estás”??? Do Grupo Black Junior’s. Os irmãos Metralhas, também apareciam no cenário.
Esses nomes mencionados acima, embora alguns desconheçam e ignoram o fato, foram os primeiros Rappers a gravar disco de vinil
Grandes nomes como Fábio Macari, DJ Cuca e a dupla dinâmica, bombástica e irreverente de brancos, chamada: “Dinamic Duo”, foram e são as verdadeiras enciclopédias do Hip Hop no Brasil.
Na época existia um concurso nacional de Break, o inesquecível Programa de auditório Barros de Alencar, que apresentou os grandes Poppers como Os Cobras e as Buffalo Girls e a grande final entre Os Dragon’s Breaker’s versus Gang de Rua (de Santos).
O Gang de Rua, foi fundado por Marcelo Cirino, e contava com mais três integrantes: Tijolo, Jorge Paixão e Daniel Paixão (hoje o rapper da gravadora Trama: Criminal D.).
Depois da febre de 85, surgiram nomes como: Back Spin, Jabaquaras Breakers, Red Crazy Crew, Street Warrior’s e Nação Zulu, que mantiveram vivo a arte do B.Boy.
Toda essa galera se encontrava na 24 de maio, em São Paulo, mas, começaram as implicações das lojas, com isso tiveram que mudar de localidade, indo para a Estação São Bento do metrô...Com uma divisão ocorrendo neste período da São Bento, outro grupo foi para a Praça Roosevelt e dalí surgiu o "Sindicato Negro".

Já em agosto de 1989 um cara chamado Milton Salles criou a MH2O "Movimento Hip Hop Organizado", ele Sales nesta época era produtor dos Racionais Mc's e foi até 1995, ao MH2O foi muito importante pois criava várias oficinas nas periferias, shows gratuitos nos guetos e divulgou muito o rap para o grande público.......
Hoje em dia, Milton Sales é responsável pela Companhia Paulista de Hip Hop, que continua tendo o mesmo intuito divulgar a cultura do hip hop.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Curiosidades

Culinária

A feijoada brasileira, considerada o prato nacional do Brasil, é frequentemente citada como tendo sido criada nas senzalas e ter servido de alimento para os escravos na época colonial. Atualmente, porém, considera-se a feijoada brasileira uma adaptação tropical da feijoada portuguesa que não foi servida normalmente aos escravos. Apesar disso, a cozinha brasileira regional foi muito influenciada pela cozinha africana, mesclada com elementos culinários europeus e indígenas.
A culinária baiana é a que mais demonstra a influência africana nos seus pratos típicos como acarajé, vatapá e moqueca. Estes pratos sao preparados com o azeite-de-dendê, extraído de uma palmeira africana trazida ao Brasil em tempos coloniais. Na Bahia existem duas maneiras de se preparar estes pratos "afros". Numa, mais simples, as comidas não levam muito tempero e são feita nos terreiros de candombléorixás. Na outra maneira, empregada fora dos terreiros, as comidas são preparadas com muito tempero e são mais saborosas, sendo vendidas pelas baianas do acarajé e degustadas em restaurantes e residências. 

  
Música e dança

A música criada pelos afro-brasileiros é uma mistura de influências de toda a África subsaariana com elementos da música portuguesa e, em menor grau, ameríndia, que produziu uma grande variedade de estilos.
A música popular brasileira é fortemente influenciada pelos ritmos africanos. As expressões de música afro-brasileira mais conhecidas são o samba, maracatu, ijexá, coco, jongo, carimbó, lambada e o maxixe.
Como aconteceu em toda parte do continente americano onde houve escravos africanos, a música feita pelos afro-descendentes foi inicialmente desprezada e mantida na marginalidade, até que ganhou notoriedade no início do século XX e se tornou a mais popular nos dias atuais.




Instrumentos afro-brasileiros .


Afoxé é um instrumento musical composto de uma cabaça pequena redonda, recoberta com uma rede de bolinhas de plástico parecido com o Xequerê sendo que o afoxé é menor.
O afoxé pode ser de madeira e/ou plástico com missangas ou contas ao redor de seu corpo. O som é produzido quando se giram as missangas em um sentido, e a extremidade do instrumento (o cabo) no sentido oposto. Antigamente era tocado apenas em Centros de umbanda e no samba. Atualmente, o afoxé ganhou espaço no Reggae e música Pop.



Ficheiro:Cabasa.jpg


Agogô

O agogô é um instrumento musical idiofone, compõe-se de duas até 4 campânulas de ferro, ou dois cones ocos e sem base, de tamanhos diferentes, de folhas de flandres, ligados entre si pelas vértices.
Para se tirar som desse instrumento bate-se com uma baqueta de madeira nas duas bocas de ferro, também chamadas de campânulas, do instrumento.

Ficheiro:AgogoNoir-2tons2.JPG



Atabaque (ou Tabaque) é um instrumento musical de percussão. O nome é de origem árabe: at-tabaq (prato). Constitui-se de um tambor cilíndrico ou ligeiramente cônico, com uma das bocas coberta de couro de boi, veado ou bode.
É tocado com as mãos, com duas baquetas, ou por vezes com uma mão e uma baqueta, dependendo do ritmo e do tambor que está sendo tocado. Pode ser usado em kits de percussão em ritmos brasileiros, tais como o samba e o axé music
No candomblé é considerado objeto sagrado.

Ficheiro:Atabaque.jpg 
Berimbau:  

O hungu é um instrumento de corda, de origem angolana, tendo-se espalhado por toda a África e sendo conhecido, na sua maioria, pelo mesmo nome. Em Angola, também é conhecido por m'bolumbumba e é utilizado entre os Kimbundu, Ovambo, Nyaneka, Humbi e Khoisan[1]. Este instrumento foi levado pelos escravos angolanos para o Brasil, onde tem o nome de berimbau e serve para acompanhar uma dança acrobática chamada capoeira.
No Brasil também é conhecido por urucungo, urucurgo, orucungo, oricungo, uricungo, rucungo, ricungo, berimbau metalizado, gobo, marimbau, bucumbumba, bucumbunga, gunga, macungo, matungo, mutungo, aricongo, arco musical e rucumbo. Em Portugal, tem o nome de berimbau de peito e no sul de Moçambique tem o nome de xitende.

Ficheiro:Hn 3berimbau.jpg 
 
Tambor: 

Tambor é o nome genérico atribuído a vários instrumentos musicais do tipo membranofone, consistindo de uma membrana esticada percutida.
Essa membrana pode estar montada em vários suportes:
Também há os que têm peles nas duas extremidades, como por exemplo a caixa, e os que têm pele apenas numa extremidade, como por exemplo as congas. A membrana é golpeada (percutida) com a mão ou uma baqueta. O corpo do tambor, quando existe, além de dar suporte mecânico às membranas, também atua como caixa de ressonância para amplificar o som resultante da batida. Um percussionista é o músico que toca os tambores.
Na música popular, no rock e no jazz, a maior parte dos tambores utilizados estão no conjunto de instrumentos conhecido como bateria.

Ficheiro:Dabakan 2.jpg 
Xequerê: 

Xequerê em português, Shekere em inglês e Sekere na ortografia Yoruba, é um instrumento musical de percussão da África, consiste de uma cabaça seca cortada em uma das extremidades e envolta por uma rede de contas. Ao longo de todo o continente africano é chamado de diferentes nomes, como o lilolo, axatse (Gana), e chequere. É predominantemente chamado shekere na Nigéria.
O Xequerê é feito de pequenas cabaças que crescem no campo. A forma da cabaça determina o som do instrumento. Um Xequerê é feito por secagem da cabaça, por vários meses, em seguida, a remoção da polpa e sementes. O Xequerê é agitado quando é tocado.

Ficheiro:Shekere.jpg

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Curiosidades Sobre a Cultura Afro-brasileira.

A cultura brasileira 

  É um grande conjunto de culturas, que sintetizam as diversas etnias que formam o povo brasileiro. Por essa razão, não existe uma cultura brasileira homogênea, e sim um mosaico de diferentes vertentes culturais que formam, juntas, a cultura do Brasil. É notório que, após mais de três séculos de colonização portuguesa, a cultura do Brasil é, majoritariamente, de raiz lusitana. É justamente essa herança cultural lusa que compõe a unidade do Brasil: são diferentes etnias, porém, todos falam a mesma língua (o português) e, quase todos, são cristãos, com largo predomínio de católicos. Esta igualdade linguística e religiosa é um fato raro para um país imenso como o Brasil.
Embora seja um país de colonização portuguesa, outros grupos étnicos deixaram influências profundas na cultura nacional, destacando-se os povos indígenas, os africanos, os italianos e os alemães. As influências indígenas e africanas deixaram marcas no âmbito da música, da culinária, do folclore, do artesanato, dos caracteres emocionais e das festas populares do Brasil, assim como centenas de empréstimos à língua portuguesa. É evidente que algumas regiões receberam maior contribuição desses povos: os estados do Norte têm forte influência das culturas indígenas, enquanto algumas regiões do Nordeste têm uma cultura bastante africanizada, sendo que, em outras, principalmente no sertão, há uma intensa e antiga mescla de caracteres lusitanos e indígenas, com menor participação africana.
Quanto mais a sul do Brasil nos dirigimos, mais europeizada a cultura se torna. No Sul do país as influências de imigrantes italianos e alemães são evidentes, seja na culinária, na música, nos hábitos e na aparência física das pessoas. Outras etnias, como os árabes, espanhóis, poloneses e japoneses contribuíram também para a cultura do Brasil, porém, de forma mais limitada.


Os indígenas

A colonização do território brasileiro pelos europeus representou em grande parte a destruição física dos indígenas através de guerras e escravidão, tendo sobrevivido apenas uma pequena parte das nações indígenas originais. A cultura indígena foi também parcialmente eliminada pela ação da catequese e intensa miscigenação com outras etnias. Atualmente, apenas algumas poucas nações indígenas ainda existem e conseguem manter parte da sua cultura original.
Apesar disso, a cultura e os conhecimentos dos indígenas sobre a terra foram determinantes durante a colonização, influenciando a língua, a culinária, o folclore e o uso de objetos caseiros diversos como a rede de descanso. Um dos aspectos mais notáveis da influência indígena foi a chamada língua geral (Língua geral paulista, Nheengatu), uma língua derivada do Tupi-Guarani com termos da língua portuguesa que serviu de lingua franca no interior do Brasil até meados do século XVIII, principalmente nas regiões de influência paulista e na região amazônica. O português brasileiro guarda, de fato, inúmeros termos de origem indígena, especialmente derivados do Tupi-Guarani. De maneira geral, nomes de origem indígena são frequentes na designação de animais e plantas nativos (jaguar, capivara, ipê, jacarandá, etc), além de serem muito frequentes na toponímia por todo o território.
A influência indígena é também forte no folclore do interior brasileiro, povoado de seres fantásticos como o curupira, o saci-pererê, o boitatá e a iara, entre outros. Na culinária brasileira, a mandioca, a erva-mate, o açaí, a jabuticaba, inúmeros pescados e outros frutos da terra, além de pratos como os pirões, entraram na alimentação brasileira por influência indígena. Essa influência se faz mais forte em certas regiões do país, em que esses grupos conseguiram se manter mais distantes da ação colonizadora, principalmente em porções da Região Norte do Brasil.

Indígena

Ficheiro:0910VC0240.jpg


Os africanos

A cultura africana chegou ao Brasil com os povos escravizados trazidos da Áfricatráfico negreiro transatlântico. A diversidade cultural da África refletiu-se na diversidade dos escravos, pertencentes a diversas etnias que falavam idiomas diferentes e trouxeram tradições distintas. Os africanos trazidos ao Brasil incluíram bantos, nagôs e jejes, cujas crenças religiosas deram origem às religiões afro-brasileiras, e os hauçás e malês, de religião islâmica e alfabetizados em árabe. Assim como a indígena, a cultura africana foi geralmente suprimida pelos colonizadores. Na colônia, os escravos aprendiam o português, eram batizados com nomes portugueses e obrigados a se converter ao catolicismo. durante o longo período em que durou o

Os africanos contribuíram para a cultura brasileira em uma enormidade de aspectos: dança, música, religião, culinária e idioma. Essa influência se faz notar em grande parte do país; em certos estados como Bahia, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul a cultura afro-brasileira é particularmente destacada em virtude da migração dos escravos.
Os bantos, nagôs e jejes no Brasil colonial criaram o candomblé, religião afro-brasileira baseada no culto aos orixás praticada atualmente em todo o território. Largamente distribuída também é a umbanda, uma religião sincrética que mistura elementos africanos com o catolicismo e o espiritismo, incluindo a associação de santos católicos com os orixás.
A influência da cultura africana é também evidente na culinária regional, especialmente na Bahia, onde foi introduzido o dendezeiro, uma palmeira africana da qual se extrai o azeite-de-dendê. Este azeite é utilizado em vários pratos de influência africana como o vatapá, o caruru e o acarajé.
Na música a cultura africana contribuiu com os ritmos que são a base de boa parte da música popular brasileira. Gêneros musicais coloniais de influência africana, como o lundu, terminaram dando origem à base rítmica do maxixe, samba, choro, bossa-nova e outros gêneros musicais atuais. Também há alguns instrumentos musicais brasileiros, como o berimbau, o afoxé e o agogô, que são de origem africana. O berimbau é o instrumento utilizado para criar o ritmo que acompanha os passos da capoeira, mistura de dança e arte marcial criada pelos escravos no Brasil colônial.

Africanos 

Ficheiro:Capoeira-in-the-street-2.jpg

Culinária

A culinária brasileira é fruto de uma mistura de ingredientes europeus, indígenas e africanos. É uma das culinárias mais saudáveis do planeta, justamente por não integrarem sanduíches como hamburguer e cachorro-quente. A refeição básica do brasileiro médio consiste em arroz, feijão e carne. O prato internacionalmente mais representativo do país é a feijoada. Os hábitos alimentares variam de região para região. No Nordeste há grande influência africana na culinária, com destaque para o acarajé, vatapá e molho de pimenta. No Norte há a influência indígena, no uso da mandioca e de peixes de água doce. No Sudeste há pratos diversos como o feijão tropeiro e angu, em Minas Gerais, e a pizza em São Paulo. No Sul do país há forte influência da culinária italiana, em pratos como a polenta, e também da culinária alemã. O churrasco é típico do Rio Grande do Sul, que também é uma característica muito forte na cultura brasileira. O brasil não possui carnes de qualidade tão elevada como a da Argentina e Uruguai que se destaca nessa área pelo seu terreno geográfico. No entanto, o brasileiro é um amante do bom churrasco acompanhado de bebidas como a cerveja, o chopp deixando o vinho para outras ocasiões.

Brigadeiro.